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IA – Impacto e Futuro
Onde estamos. Para onde vamos?
A adoção da Inteligência Artificial Generativa em Portugal
Scope do estudo
A Inteligência Artificial está a redefinir a forma como trabalhamos, aprendemos e inovamos.
Num mundo em que a produtividade e a competitividade de cada país dependem da sua capacidade de integrar a IA em todos os setores, vivemos um momento decisivo.
Portugal não pode assistir à revolução – tem de liderá-la.
Para isso, é preciso entender onde estamos.
Coordenado pela Magma, em parceria com a CIP, o IA – Impacto e Futuro é uma investigação que teve como objetivo entender qual o real estado da adoção da IA em Portugal, em 2025.
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2762 respostas
As conclusões
da investigação
1. A ferramenta mais utilizada é o Chat GPT (87,5%)seguida do Copilot (37,6%).
2. Nas empresas, os profissionais com maior utilização trabalham em Áreas/Departamentos de Tecnologia e Inovação (29,5%), Apoio e Suporte (27,8%) e Marketing & Comunicação (24,8%).
3. 94,8% dos profissionais já utilizaram IA: 73,1% fazem-no pelo menos semanalmente e 48,2% fá-lo diariamente.
4. 64,6% não fez formação relacionada com IA generativa nos últimos 12 meses.
5. Dos 35,4% que fizeram formação, 35,8%fizeram uma formação menor do que 3 horas; destes, 86,3%uma formação de “Introdução à IA”.
6. Nos profissionais, as principais finalidades da utilização de IA são Criação de conteúdo (50,4%), Investigação/Estudo (43,5%), Ideação e brainstorming (42,6%).
7. Nos estudantes, as principais finalidades da utilização de IA são Investigação/Estudo (64%), Automatização de tarefas (42,8%) e Ideação e brainstorming (40,7%).
8. O uso de IA permite poupar tempo para “Concentrar-me em tarefas mais criativas ou complexas”, “Iniciar novas tarefas profissionais” e “Realizar mais tarefas do mesmo tipo”.
9. Para além do contexto profissional a IA é usada “Apoio à Investigação/Estudo”, “Organização pessoal” e “Pesquisa e leitura de notícias ou artigos”.
10. 39,9% dos profissionais diz que a empresa permite usar IA com diretrizes específicas e 36,9% diz que a empresa permite usar IA sem restrições.
11. Apenas 30,3% dos profissionais acredita que a sua organização está a adotar suficientemente a IA generativa de forma estruturada e estratégica.
12. Apenas 5,3% dos profissionais tem um elevado nível de preocupação em relação à possibilidade de a IA substituir o seu trabalho.
13. 64,7% dos profissionais diz ter pouca ou nenhuma preocupação em relação à possibilidade de a IA substituir o seu trabalho.
14. 28,8% dos profissionais não sabem em que áreas da sua organização a IA generativa já está a ser usada.
As conclusões
da investigação
1. A ferramenta mais utilizada é o Chat GPT (87,5%)seguida do Copilot (37,6%).
2. Nas empresas, os profissionais com maior utilização trabalham em Áreas/Departamentos de Tecnologia e Inovação (29,5%), Apoio e Suporte (27,8%) e Marketing & Comunicação (24,8%).
3. 94,8% dos profissionais já utilizaram IA: 73,1% fazem-no pelo menos semanalmente e 48,2% fá-lo diariamente.
4. 64,6% não fez formação relacionada com IA generativa nos últimos 12 meses.
5. Dos 35,4% que fizeram formação, 35,8%fizeram uma formação menor do que 3 horas; destes, 86,3%uma formação de “Introdução à IA”.
6. Nos profissionais, as principais finalidades da utilização de IA são Criação de conteúdo (50,4%), Investigação/Estudo (43,5%), Ideação e brainstorming (42,6%).
7. Nos estudantes, as principais finalidades da utilização de IA são Investigação/Estudo (64%), Automatização de tarefas (42,8%) e Ideação e brainstorming (40,7%).
8. O uso de IA permite poupar tempo para “Concentrar-me em tarefas mais criativas ou complexas”, “Iniciar novas tarefas profissionais” e “Realizar mais tarefas do mesmo tipo”.
9. Para além do contexto profissional a IA é usada “Apoio à Investigação/Estudo”, “Organização pessoal” e “Pesquisa e leitura de notícias ou artigos”.
10. 39,9% dos profissionais diz que a empresa permite usar IA com diretrizes específicas e 36,9% diz que a empresa permite usar IA sem restrições.
11. Apenas 30,3% dos profissionais acredita que a sua organização está a adotar suficientemente a IA generativa de forma estruturada e estratégica.
12. Apenas 5,3% dos profissionais tem um elevado nível de preocupação em relação à possibilidade de a IA substituir o seu trabalho.
13. 64,7% dos profissionais diz ter pouca ou nenhuma preocupação em relação à possibilidade de a IA substituir o seu trabalho.
14. 28,8% dos profissionais não sabem em que áreas da sua organização a IA generativa já está a ser usada.
Aqui pode fazer download da versão integral do estudo
Os resultados são públicos e podem ser usados em qualquer contexto, sem o expresso consentimento da Magma e da CIP.
Esperamos que a presente investigação seja útil.
Considerações
Segundo a Magma, partindo destes indicadores, há considerações e passos relevantes para o futuro de Portugal:
Estas considerações são da exclusiva responsabilidade da Magma e não refletem, necessariamente, os pontos de vista da CIP e da DSPA.
Empresas
- Adotar IA estrategicamente, não apenas permitir o uso.
- Criar governance, AI Champions e AI Task Forces.
- Formar líderes e equipas em percursos e níveis específicos de IA.
- Comunicar interna e regularmente o que está a ser feito.
Profissionais
- Evoluir da utilização básica para automação avançada.
- Integrar IA no planeamento diário, semanal e anual.
- Desenvolver hábitos de “profissional de valor acrescentado.
Universidades
- Integrar IA no currículo formal.
- Criar unidades curriculares obrigatórias sobre IA aplicada a cada curso.
- Ensinar ética, literacia técnica e produtividade ampliada.
Decisores e políticas públicas
- Criar programas de requalificação nacionais.
- Introduzir IA responsável como política de educação e trabalho.
- Apoiar as PME com ferramentas, formação e incentivos.
Considerações e passos relevantes para o futuro de Portugal:
1. Formar rapidamente - mas com profundidade, não apenas introdução
Problema: 64,6% não fez formação em IA generativa e, dos que fizeram, a maioria teve menos de 3 horas e apenas introdutória.
Sem formação prática avançada, Portugal arrisca-se a criar “utilizadores superficiais” e não “profissionais de valor acrescentado”.
Recomendações:
- Criar programas nacionais de upskilling de 20 – 30 horas com foco em casos de uso reais por função: finanças, jurídico, RH, marketing, operações, engenharia, etc.
- Incentivar as empresas a oferecer percursos de formação internos para os seus colaboradores, com certificações modulares e progressão por níveis.
- Incentivar formação contínua, por exemplo, 6 a 8h de formação em IA obrigatórias anualmente.
- Lançar um sistema de níveis de fluência em IA, inspirado no modelo europeu de línguas (A1–C2), adaptado à realidade empresarial e educativa da IA generativa. Por exemplo, IA1 – Literacia Inicial, IA2 – Utilizador Elementar, IA3 – Utilizador Intermédio, IA4 – Utilizador Avançado, IA5 .
- Especialista Funcional de IA, IA6 – Especialista Técnico/Arquitecto de IA.
2. Transformar o uso individual em adoção organizacional
Problema: 94,8% já usa IA, mas apenas 30,3% sente que a empresa está a adotar de forma estruturada.
Recomendações:
- Implementar AI Governance básico em todas as empresas com mais de 50 colaboradores (diretrizes, riscos, regras para dados sensíveis, ferramentas aprovadas).
- Criar uma AI Task Force interna que mapeia casos de uso e cria playbooks práticos.
- Incluir IA nos planeamentos anuais (OKRs e KPIs de produtividade, qualidade e inovação).
- Realizar pilotos de utilização com IA, por equipa (ex.: jurídico, operações, comercial).
- Criar AI Champions por departamento: um “evangelista operacional” que apoia adoção local.
3. Reduzir a assimetria de conhecimento dentro das empresas
Problema: 28,8% não sabe onde a IA já está a ser usada na organização.
Recomendações:
- Publicar informação interna sobre: “Onde estamos a usar IA?”, “Resultados da utilização?”, “Próximas iniciativas”.
- Criar “AI Townhalls” trimestrais: demos de projetos internos, partilha de aprendizagens, roadmap.
- Incluir nos murais, newsletters e intranets uma secção “IA em 60 segundos”.
4. Aumentar a maturidade dos casos de uso
Constatação: Uso atual está concentrado em Criação de conteúdo, Estudo e investigação, Brainstorming. Ou seja: primeira camada da IA. A utilização em Portugal ainda está no “nível 1”.
Recomendações para a evolução:
Incentivar o uso avançado de ferramentas de gen-AI: agentes autónomos, automação por API, workflows, análise de dados, geração de código, etc.
5. Preparar políticas públicas e empresariais para a normalização da IA
O estudo mostra baixíssima preocupação com a substituição de empregos: 64,7% pouco ou nada preocupados; apenas 6,1% muito preocupados Isto pode revelar confiança, mas pode também ser apenas uma manifestação de ignorância, isto é, a falta de conhecimento leva as pessoas a subestimar o impacto destas tecnologias.
Portugal poderia e deveria adotar uma estratégia clara e alinhada com os países mais avançados em IA, num momento em que a corrida, apesar de já ter começado, ainda está no início:
- Plano Nacional de Requalificação em IA, com créditos pessoais de formação, certificações modulares e financiamento parcial.
- Literacia ética e de segurança no Ensino Superior.
- Norma nacional de IA responsável para empresas, com requisitos mínimos de governança, auditoria e transparência.
- Incentivos fiscais e financeiros para empresas que usem IA para complementar trabalhadores, não substituí-los.
- Criação do Índice Português de Maturidade em IA, monitorizado anualmente.
- Programa “IA para PME”, apoiado pelo Estado, com consultoria subsidiada, kits de casos de uso e pilotos rápidos.
Preparar políticas públicas e empresariais para a normalização da IA
1. Criar um Plano Nacional de Requalificação em IA
Em Singapura, Coreia do Sul e Canadá, a requalificação não depende de iniciativas dispersas – é um programa nacional estruturado com:
- Financiamento público parcial para formação em IA aplicada (não só “introduções”).
- Percursos profissionais certificados com 30h, 60h, 120h e 240h.
- Bolsas individuais de formação, como o SkillsFuture de Singapura.
- Apoio às empresas, sobretudo PME, para formar equipas inteiras.
O que Portugal deveria fazer:
Criar um Cartão Nacional de Competências em IA, com créditos de formação anuais para qualquer trabalhador atualizar competências em IA generativa, automação e dados.
2. Criar Plano Nacional de Ética e de Segurança — ao nível do Ensino Superior
Considerar fundacional a aprendizagem e IA nas Instituições de Ensino Superior e Incluir temas como segurança digital, privacidade, avaliação de qualidade e viés, criação e uso responsável de agentes de IA, criação segura de automações, entre outros.
O que Portugal deveria fazer:
Integrar IA e ética digital no currículo do Ensino Superior, garantindo que estudantes chegam ao mercado de trabalho com as competências fundacionais desenvolvidas, e sejam agentes de transformação nas empresas.
3. Criar uma Estratégia de IA Responsável para Empresas (modelo do Reino Unido e Alemanha)
As empresas britânicas e alemãs têm frameworks internas obrigatórias (não legais, mas normativas) para:
- Governança de IA;
- Auditoria de modelos;
- Mitigação de riscos;
- Registo interno de casos de uso;
- Avaliação anual do impacto da automação.
O que Portugal deveria fazer:
Portugal pode replicar isto criando uma norma nacional voluntária, que empresas possam adotar para aumentar confiança pública e governança.
4. Criar incentivos para “IA complementar ao trabalho humano” (modelo dinamarquês e neerlandês)
A Holanda e a Dinamarca focam-se na filosofia que evita substituição: usar IA principalmente para complementar as pessoas, não substituí-las. Isto inclui:
- IA para reduzir carga administrativa;
- IA para acelerar processos burocráticos;
- IA para apoiar tarefas cognitivas repetitivas;
- Automações híbridas onde humanos supervisionam.
O que Portugal deveria fazer:
Incentivar financeiramente empresas que adotem IA focada em aumentar produtividade humana, não cortar postos de trabalho.
5. Criar indicadores nacionais de maturidade de IA (modelo francês e canadiano)
Tal como já existe o AI Readiness Index, países líderes aplicam variantes internas:
- Nível de adoção nas empresas;
- Grau de automação;
- Impacto no emprego;
- Competências digitais dos trabalhadores;
- Maturidade dos líderes na tomada de decisão com IA.
O que Portugal deveria fazer:
Criar um “Índice Português de Maturidade em IA”, publicado anualmente.
6. Criar um programa público de “IA para PME”
Apoios do Estado para:
- Subsidiar consultoria em IA;
- Criar kits de casos de uso por setor;
- Fazer auditorias de IA financiadas;
- Formação por setor (retalho, turismo, saúde, financeiro, etc).
A Escola da Inteligência Artificial, da Magma, pretende democratizar o conhecimento sobre a IA, ajudando as pessoas a compreender como as diferentes tecnologias estão a transformar as suas vidas e trabalho.
A Escola desenvolve cursos e formações sobre Inteligência Artificial com empresas, Instituições de Ensino Superior, com o objetivo de preparar o país para a nova economia digital, tornando a educação em IA uma vantagem competitiva nacional.
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